Um personagem semi-lendário, conhecido como Zoroastro ou Zaratustra, proporcionou aos persas uma forma especial de religião: o dualismo.
O dualismo se fundamentava em dois princípios opostos: o bem e o mal, representados pelos deuses Aura-Mazda e Ahriman, respectivamente.

Acreditava-se que estes dois princípios disputavam entre si o domínio das ações humanas. Aquele que praticasse o bem estaria combatendo o mal e no final dos tempos o deus do bem venceria e aqueles que estivessem do lado do mal seriam exterminados.

Era um rito religioso simples que permaneceu forte na Pérsia até a chegada dos árabes mulçumanos no século VII. Há informações de que Zaratustra viveu por meados do século X a.C. ou até depois, entre os séculos VII e VI a.C. A solidão teria marcado sua vida até que, aos 30 anos, recebeu orientações no deserto a partir do deus Ormuzd, que o iniciou com sete orientações para que divulgasse a religião, pregando sempre a pureza e igualdade.

O zoroastrismo viu o mundo de forma dual, com forças do bem e do mal em conflito. Zaratustra costumava dizer que havia um deus supremo, que esse ser existia a partir das forças de Ormuzd (ou Ahura-Mazda, ou Oromasdes para os gregos). Ele seria responsável por todo o bem. Já Ariman (Arimanes), o responsável pelo mal, seria um ser rebelado.

Zaratustra orientava os homens ao culto de Ormuzd, o deus criador iluminado para as questões espirituais. Já Ariman, teria sido responsável pela criação de feras e seres venenosos. O conflito entre os dois deuses sempre terminava com a vitória de Ormuzd. A religião dos persas entendia que havia vida depois da morte. Um paraíso para que os justos tivessem recompensa. Já os defensores de Ariman, teriam que conviver com uma espécie de purgatório.

O livro Zend-Avest (ou Avesta) teria sido escrito por Zaratustra. A religião passou por mudanças depois do jugo macedônico entre os persas. Só depois retomou a ideia original. Com a expansão islâmica, os defensores do zoroastrismo foram perseguidos.
Zoroastro ou Zaratustra