Há 16 anos, no dia 10 de junho de 1999, a Iugoslávia assinava o acordo de paz que pôs fim à Guerra do Kosovo, conflito que durou quase noventa dias e provocou dezenas de milhares de mortes de soldados e civis.

Entre as principais razões da guerra estava o desejo da província do Kosovo de se tornar independente da Sérvia, estado do qual faz parte até hoje, pois sua autonomia não é oficialmente reconhecida pela ONU.

Desintegração da Iugoslávia

Guerra do Kosovo

A Iugoslávia, dominada pelos exércitos nazifascistas da Itália e da Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, tornou-se independente graças à resistência do Partisans, grupo rebelde comunista liderado por Josip Broz Tito.

Tito se tornou líder da então “República Popular Federal da Iugoslávia”, conglomerado que reunia seis países: Sérvia, Montenegro, Eslovênia, Croácia, Macedônia e Bósnia & Herzegovina.

Na década de 1990, com o fim da União Soviética, os estados formadores da Iugoslávia, exceto Sérvia e Montenegro, decidiram deixar a federação e se tornarem totalmente independentes. No caso de Bósnia & Herzegovina a independência foi marcada por conflitos.

Independência de Kosovo

Em 1998 o Exército de Libertação do Kosovo (ELK), grupo separatista formado por albaneses, manifestou-se em favor da independência da província e foi duramente combatido pelo exército iugoslavo, cujo presidente na época era Slobodan Milošević.

Este conflito, além da questão política, tinha um fundo étnico, pois o governo iugoslavo também queria combater a população de etnia albanesa, maioria dentro de Kosovo, que era efetivamente a que queria a libertação da província.

Guerra Kosovo

Intervenção da OTAN

Diante desse cenário e com o objetivo de ajudar os insurgentes albaneses, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que fracassou nas tentativas de acordo de paz, iniciou uma série de ataques à Iugoslávia.

Após quase três meses de conflitos, que causaram a morte de aproximadamente 18 mil pessoas e o deslocamento de 200 mil sérvios para fora de Kosovo, o exército sérvio aceitou se retirar e a Iugoslávia assinou o tratado de paz que punha fim ao conflito.

Com o fim do conflito, Kosovo foi governado por tropas da OTAN durante uma época, mas em 2001 elegeu seu presidente e Primeiro-Ministro.

Pós-Guerra

Mesmo com o fim da guerra, a província do Kosovo foi cenário de vários outros conflitos contra o exército sérvio. Em 17 fevereiro de 2008, Kosovo declarou a sua independência, mas sem o consentimento da Sérvia. Essa decisão unilateral ainda divide a sua população.