ESPARTA
Esparta surgiu por volta do século IX (a.C.), na fértil região da Lacônia, próximo ao litoral do mar Egeu. Em Esparta, diferentemente das outras cidades gregas, não houve transformações políticas, econômicas, sociais e culturais. Isso se deve, em parte, ao seu isolamento.

Organização Política

As instituições sociopolíticas espartanas foram atribuídas a um legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções do deus Apolo. A organização do Estado Espartano era assim constituída:

a) Dois Reis (Basileus): um era o chefe militar; o outro, religioso.

b) Senado (Gerúsia): o conselho dos anciãos.

c) Assembléia do Povo (Ápela): caráter deliberativo.

d) Eforado: cinco anciãos escolhidos na Gerúsia para governar.

Organização Social

A população de Esparta dividia-se em três classes principais:

a) A camada dominante era constituída dos esparciatas ou descendentes dos primeiros conquistadores; somente eles tinham direitos políticos.

b) Em segundo, vinham os periecos (que moravam em redor da cidade) e tinham permissão de comercializar e dedicar-se à manufatura, mas não tinham direitos políticos.

c) Os hilotas, parte da população submetida a um trabalho compulsório e a um tratamento, muitas vezes, vergonhoso.

Disciplina Militar 
Os cidadãos espartanos eram condenados a uma existência de privações: na maior parte de suas vidas, estavam submetidos ao serviço militar.
A educação masculina era dedicada ao serviço militar, que começava aos sete anos, quando os homens eram submetidos a açoite, a fim de enrijecê-los para os deveres da guerra. Entre os vinte e os sessenta anos, os homens estavam a serviço do Estado, que regulava minuciosamente a vida de seus cidadãos: além da educação dos jovens, preocupava-se com o casamento, obrigatório para os celibatários (lei Atímica).

As mulheres espartanas eram preparadas fisicamente para se tornar mães de espartanos sadios. Praticavam ginástica e participavam de jogos esportivos. Gozavam de maior liberdade que as demais mulheres do mundo grego, o que se explica pela freqüente ausência do homem e pela necessidade de administrar o patrimônio familiar.

Organização Econômica

A organização econômica de Esparta visava garantir a eficiência militar e a supremacia dos esparciatas. As melhores terras (também os hilotas que trabalhavam e sustentavam toda a sociedade) eram propriedades do Estado.

Política Externa

Com relação à política externa, no fim do século VI a.C., Esparta dominou quase todo o Peloponeso, formando, juntamente com Corinto, Mégara, Égina e outras, a Liga do Peloponeso. Essa aliança militar, da qual não participava Argos, sua arqui-rival, transformou-se em um instrumento de dominação espartana.