O fenômeno da inclinação do eixo rotativo da Terra, associado ao movimento de translação, vai interferir no potencial e incidência dos raios solares que chegam à superfície terrestre.

Como resultado desse fenômeno, temos as quatro estações do ano. Além disso, uma leve diferença para a duração do dia e da noite, ao longo dos 365 dias do ano.

Para entendermos esse episódio no dia a dia, basta observarmos com mais atenção o movimento do Sol. Nele, torna-se possível vislumbrar dois diferentes aspectos: o posicionamento do Sol no horizonte e a trajetória dele pela extensão do céu. Quando se observa atentamente o posicionamento solar ao longo do ano é possível visualizá-lo em alguns momentos mais para o Sul, e outros mais para o Norte.

Ao que se percebe, também durante o ano, há um movimento para o Sudeste ao Noroeste. Porém, os especialistas explicam que nada mais é do que a modalidade de como a Terra está recebendo os raios solares.

Como ocorre todo esse processo?

equinócioVocê deve estar curioso sobre como ocorre todo esse processo. Os cientistas esclarecem que ao ser inclinado o eixo de rotação, com o posicionamento da Terra em relação ao sol, haverá a incidência de raio solar tanto no hemisfério Norte, quanto no Sul. Só que de forma diferenciada. Em determinado momento um dos hemisférios estará mais direcionado para o Sol, e pelos seis meses seguintes será a vez do outro hemisfério.

O clímax desses posicionamentos é conhecido como Solstício (de origem latina, solstitiu quer dizer Sol parado). Ele ocorre durante esse movimento “aparente” do sol ao longo do horizonte. O Solstício é, portanto, o limite máximo de alcance para o Norte ou Sul. Para os leigos, fica a impressão de que o sol está estabilizado.

No limite máximo, ao sul, também é iniciado o verão. O Solstício é chamado de dia mais longo do ano no que diz respeito à noite, quando há maior incidência de raios solares. Ou mesmo para quando o hemisfério está mais posicionado para o sol.

E no inverno?

solstícioE como funciona em relação ao inverno? Nesse caso, quando atinge o limite máximo para o norte do horizonte, o Sol vai inaugurar finalmente o inverno. Nesse momento, teremos a noite mais demorada do ano, com reduzida quantidade de raio solar, pois grande parte do hemisfério não estará voltada para o sol.

Portanto, haverá dois solstícios para o hemisfério: o de verão e de inverno. Quando, no hemisfério sul, acontecer o solstício de verão, teremos ao mesmo tempo, no hemisfério norte, o solstício de inverno e assim vice-versa.

No movimento aparente do Sol, quando este atingir um ponto médio de deslocamento, ocorrerão os equinócios (também do latim aequinoctiu, ou noites iguais). É quando os dois hemisférios estão posicionados igualmente em relação ao sol.

Um equinócio ocorre quando os hemisférios sul e norte acabam recebendo a mesma quantidade de luz. Isso faz com que o dia e a noite fiquem com a mesma duração. Se você já entendeu como o solstício inaugura o verão e inverno, vai concluir agora que o equinócio inaugura a primavera e o outono. Portanto, em cada hemisfério, em apenas dois dias do ano, ocorrerão os equinócios para “abrir” essas duas belas estações.