Projetos de Colonização

Introdução – O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), um órgão federal, criou, após 1964, os núcleos ou projetos de colonização dirigida na Amazônia. Isso atendia à idéia dos governos militares de colonizar essa vasta Região por questão de segurança nacional e para aliviar as pressões sociais existentes, principalmente no Nordeste. Esses núcleos atraíram milhares de pessoas de várias partes do Brasil, entre 1970 e 1975.

PROJETO GRANDE CARAJÁS

Reserva riquíssima – O Projeto Grande Carajás (PGC) foi lançado no fim da década de 1970 e teve por objetivo realizar a exploração integrada e em alta escala dos recursos minerais dessa província mineralógica, que é considerada a mais rica do mundo (possui minério de ferro, ouro, estanho, bauxita – nome dado ao minério de alumínio -, manganês, níquel e cobre).

Descoberta – É curioso destacar que foi um geólogo a serviço da empresa norte-americana United States Steel quem a descobriu em 1967. Devido ao esgotamento das reservas de minério de manganês de alto teor dos Estados Unidos, essa poderosa transnacional vinha pesquisando o subsolo amazônico, desde o início dos anos 1960, à procura de minério de manganês. Posteriormente, levantamentos realizados no local comprovaram a existência de outros minérios.

Área extensa – A jazida mineral de Carajás localiza-se numa grande área de cerca de 895 mil quilômetros quadrados (quase equivalente à área do estado de Mato Grosso, que é de 906.806 quilómetros quadrados). É cortada pelos rios Xingu, Tocantins e Araguaia e abrange terras do sudoeste do Pará, norte de Tocantins e oeste do Maranhão.

Recursos agroflorestais – Além da exploração mineral, o Projeto Grande Carajás incluiu também a exploração de recursos agroflorestais, extrativistas, agropecuários, além do aproveitamento do potencial hidrelétrico de alguns rios amazônicos, caso do Tocantins, onde foi construída a hidrelétrica de Tucuruí para fornecer energia elétrica para as indústrias de alumina e alumínio.

EXPLORAÇÃO DE BAUXITA E MEIO AMBIENTE

Ameaça – Os projetos de exploração de bauxita ameaçam o meio ambiente. Nos países desenvolvidos, as pressões sobre as indústrias que purificam a bauxita são grandes. É por essa razão que essas indústrias têm-se instalado nos países subdesenvolvidos, onde as pressões em relação à poluição são menores ou até mesmo inexistentes. A exploração da bauxita pela Mineração Rio do Norte, no vale do Rio Trombetas, por exemplo, já está causando problemas ao meio ambiente. Os rejeitos poluentes da mineração da bauxita estão sendo despejados em um lago natural, sedimentando-o e comprometendo a vida aquática e animal.

GARIMPOS: UMA QUESTÃO POLÍTICA, SOCIOECONÔMICA, ESPACIAL E ECOLÓGICA

A procura de ouro e pedras preciosas é uma atividade histórica no Brasil, realizada desde a chegada dos conquistadores e/ou colonizadores portugueses.