Os países emergentes têm ganhado muita importância no cenário econômico e político mundial nas últimas duas décadas. Por causa de seu peso na economia mundial, a relevância desses países só tem aumentado.

Tanto isso é verdade, que até um termo foi criado, em 2001, em um artigo do economista Jim O’Neill, que era chefe de pesquisa de economia global do grupo financeiro Goldman Sachs. Referia-se ao Brasil, à Rússia, à Índia e à China.

Segundo O’Neill, esses países tinham economias que estavam em franco crescimento, e pelo tamanho de suas populações e de seus territórios, estariam no topo da economia mundial em alguns anos.

Em 2009 ocorreu a primeira reunião oficial do grupo conhecido por BRIC. Nessa reunião, que se deu em Ecaterimburgo, os líderes desses quatro países emitiram um documento onde clamavam por uma ordem econômica mundial de natureza multipolar.

Em 2011, os quatro países, mostrando claramente que estão mesmo querendo assumir a existência do grupo e o desejo de formar um grupo econômico de influência global, convidam a África do Sul para participar de suas cúpulas anuais. Esse convite, que foi aceito pelo país africano, deu origem à sigla hoje mundialmente conhecida: BRICS (o ‘S’ se refere à South Africa).

BRICS

A riqueza econômica desses países é bem representada pelos seus centros econômicos: Moscou, São Paulo, Bombaim, Xangai e Johanesburgo. Nem todas são capitais de seus países, mas todas são metrópoles pungentes e representantes máximas da economia emergente de seus países.

Em outro artigo, agora publicado em 2005, foi estabelecido que há muitas semelhanças entre as economias dos BRICS (a África do Sul ainda não estava no grupo mas a comparação lhe é válida) e a de outros dois países: México e Coréia do Sul. Porém esses países não poderiam ser incluídos no grupo de maiores países com economias emergentes por já terem sido considerados, em outras ocasiões, como sendo países com economias mais desenvolvidas. Eles também não poderiam fazer parte do BRICS por já serem membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, que reúne os países mais ricos e desenvolvidos do mundo.

O BRICS é considerado, por muitos economistas, como sendo um símbolo da nova ordem econômica mundial, pois ele se distancia dos interesses representados pelos membros do famoso G7, que reúne as 7 economias mais poderosas e desenvolvidas do mundo. O grupo não se excluiu de outras organizações que reúnem outros países, como por exemplo, o G20, que é o grupo de que reúne 20 países em desenvolvimento, do qual todos os membros do BRICS fazem parte. Esse grupo, o G20, é oficialmente o contraponto ao G7 dos países mais ricos.

A importância dos países que compõem o BRICS é tamanha para a economia mundial que em 2010, 0 PIB combinado das 4 nações  (Brasil, Rússia, Índia e China), mais a África do Sul, que viria a se tornas membro no ano seguinte, era de 11 trilhões de dólares, o que correspondia a surpreendentes 18% da economia mundial.

Como esses números só tendem a subir, é correto afirmar que a importância do grupo também só tem a aumentar nos próximos anos, e que a previsão feita por O’Neill em seu famoso artigo de 2001, que dizia que em 2050 esses países seriam as maiores potências mundiais, possivelmente se concretizará.