A BACIA AMAZÔNICA                  

A bacia Amazônica, formada pelo rio Amazonas e seus afluentes, cobre quase 90% das terras da Região Norte. Com uma área total de aproximadamente 6,5 milhões de quilômetros quadrados, é considerada a mais extensa bacia hidrográfica do Planeta e a maior em volume de água. Além da Região Norte do Brasil, abrange terras da região Centro-Oeste e de outros seis países da América do Sul: Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Venezuela. No Brasil, a área ocupada por essa bacia é de quase 4 milhões de quilômetros quadrados.

O rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes, no Peru. Em seu percurso, recebe as seguintes denominações:

Marañon, no Peru; Solimões, desde sua entrada no Brasil até encontrar-se com o rio Negro; Amazonas, daí em diante até a foz, no oceano Atlântico.

Dos 7 075 quilômetros de extensão do rio Amazonas, 3 165 estão em território brasileiro. É o maior rio do mundo em extensão e em descarga fluvial; chega a lançar no oceano cerca de 250 mil metros cúbicos de água por segundo. Devido à grande quantidade de água que nelas bate constantemente, as margens do rio Amazonas estão sempre se modificando. A largura do rio varia entre quatro e cinco quilômetros, mas pode chegar até a dez quilômetros em alguns trechos. Por sua grande largura, o rio Amazonas já foi chamado de rio-mar.

Na foz do rio Amazonas encontra-se a ilha de Marajó, a maior ilha costeira do Brasil. Aí ocorre o fenômeno da pororoca, que consiste no encontro das águas do rio Amazonas na época da cheia com as águas do oceano durante a maré alta. Esse encontro produz um barulho muito forte, que pode ser ouvido a quilômetros de distância.

No Brasil, o rio Amazonas banha a planície de mesmo nome, e por isso é considerado um rio de planície. Apresenta uma declividade pequena: desde sua entrada em território brasileiro até a foz, desce apenas 80 metros. Em conseqüência, é navegável em todo o seu percurso brasileiro.

Os afluentes do Amazonas estão entre os maiores rios do mundo em extensão; alguns chegam a medir mais de 1500 quilômetros. Os maiores afluentes são: Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu, pela margem direita; Japurá, Negro, Trombetas e Jari, pela margem esquerda.

A bacia Amazônica tem grande potencial hidráulico, graças aos afluentes que percorrem as áreas mais elevadas e desniveladas, formando quedas-dágua, que podem ser usadas em usinas hidrelétricas. Entre as hidrelétricas construídas na bacia Amazônica, destacam-se: Samuel, no rio Jamari, em Rondônia; Balbina, no rio Uatumã, no Amazonas; Curuá-Una, no rio de mesmo nome, no Pará; e Coaracy Nunes, no rio Araguari, no Amapá.

Além de muitos rios, a região Norte possui pequenos cursos de água que recebem denominações locais:

♦ Furo – comunicação natural entre dois rios ou entre um rio e uma lagoa de várzea (lagoa formada na época da cheia do rio).

♦Paraná-mirim – braço de rio que contorna ilhas fluviais.

♦ Igarapé – rio estreito que percorre as áreas mais elevadas e por onde se penetra na selva.

A imensa rede hidrográfica é muito importante para a vida econômica e social do Norte. As principais cidades da Região estão situadas às margens dos rios, pelos quais circulam muitas mercadorias. Além disso, suas águas constituem fonte de alimento para boa parte da população, por meio da pesca.