O esporte caratê, na modalidade de arte marcial, começou a ser idealizado a partir dos imigrantes, monges e outros rebeldes que já dominavam a técnica por longos anos. De acordo com os estudiosos, a espiritualidade tão comum a essas artes estava perdendo espaço para o puro combate que chegava a ser violento.

Isso contrariava o pensamento dos monges. No Japão, tais práticas passaram a ser enriquecidas com novas formas de compreender o caratê. Um destaque foi bem desenvolvido na região do arquipélago de Okinawa que tinha ampla importância para a divulgação da arte marcial no Japão e nas relações comerciais e de cunho cultural com a China. Foi em Okinawa, a conhecida grande ilha, que surgiu a arte do “Okinawa-te”. Tinha como característica o deslocamento em linha reta. Aos poucos, tornou-se mais branda e com movimento circular aprendido com os chineses. Tais fatos se deram por volta do período de 1600 d.C. O uso de armas foi proibido e o combate acabou sendo aprimorado. As mãos vazias deram beleza às artes marciais.

Dessa forma, a palavra caratê quer dizer “mãos vazias”. Kara significa vazio e Tê = mão. Aqueles que praticam caratê são chamados de “caratecas”. A partir do ano de 1950, o caratê se espalhou por todo o mundo como um exercício para desenvolver a agilidade, força e autodefesa. No caratê são usadas as partes do corpo (mão, pés, braços, pernas, cérebro etc.), como meios de autodefesa. A prática permite uma maior disciplina do corpo e da mente, e por incrível que pareça é considerado uma ótima atividade terapêutica. Muitas outras vantagens como o desenvolvimento da coordenação motora e o condicionamento físico são observados após o uso desse esporte.

Ultrapassando limites

Depois de sair de Okinawa em 1900, o karatê chegou até as ilhas havaianas e conquistou o solo estadunidense. Transformou-se em uma modalidade esportiva que ganhou interessados em todo o mundo. Por volta da década de 30, passou a ser reconhecida como arte marcial pela Associação Japonesa de Artes Marciais. Algumas regulações foram planejadas para uniformizar a prática. Daí surgiram também as modalidades do judô, Jigoro Kano. O uso do quimono branco e da cor de faixas que mostram o estágio do participante também foram definidas.

– Faixa branca: iniciante;
– Faixa amarela: 6º kyu;
– Faixa vermelha: 5º kyu;
– Faixa laranja: 4º kyu;
– Faixa verde: 3º kyu;
– Faixa roxa: 2º kyu;
– Faixa marrom: 1º kyu;
– Faixa preta: 1º dan.

Os princípios básicos do caratê são: “Esforçar-se para a formação do caráter. Fidelidade para com o verdadeiro caminho da razão. Criar o intuito do esforço. Respeito acima de tudo.Conter o espírito de agressão”.