A areia movediça é representada em muitos filmes de aventura e de terror como algo que faz com que as pessoas morram. Mas, o que ocorre é que como essa areia possui uma composição com uma grande quantidade de água. Assim, ela se torna mais “viscosa” e a pessoa corre o risco de se afogar ou ficar presa junto à mesma.

Portanto, na areia que conhecemos por meio da televisão, temos um fenômeno natural, mas que não é passível de tragar pessoas. Aquela coisa do indivíduo ficar totalmente submerso e até mesmo se agarrar a um galho, cipó ou outra válvula de escape é ficção.

As areias movediças se dão quando a areia fina é desprendida de uma da outra e assim acaba recebendo uma determinada quantidade de água. A areia acaba ficando saturada. O espaço entre um grão de areia e outro fica preenchido por água e impede os atritos entre as partículas.

Formação da areia movediça

Os aspectos viscosos das areias movediças terminam por aumentar quando alguém tenta executar um movimento brusco. Por esse motivo é que torna-se necessário adotar muito cuidado ao estar em locais assim. É preciso que se realize deslocamentos do corpo de forma bem lenta. Em algumas regiões com praias, pode acontecer um afogamento quando o indivíduo fica preso na areia movediça enquanto o movimento da maré estiver subindo.

A pesquisadora Denise Dumouchelle, Geologista do United States Geological Survey, explica que as areias movediças não têm, em suas formações, determinados tipos específicos de solos. Isso acaba sendo um fator de risco. Além disso, a estudiosa também esclarece que esse fenômeno de déficit não acontece apenas com as areias movediças, mas com todas as que possuem solo granulado.

E o que vai determinar a existência desse tipo de solo? Justamente as formações, os conjuntos de condições naturais, a junção do solo com a água. A formação de espaços de areias movediças pode ocorrer em uma margem de rio, praia, beira de lago ou mesmo mangue. E também nos espaços desérticos, muito em função da ação das nuvens.

As areias movediças secas passaram a ser uma lenda para quem vive no deserto. Mas, a grande curiosidade do dia diz respeito ao fato desse tipo de areia também ter sido produzida em laboratório. O fato aconteceu a partir de estudos de pesquisadores holandeses. Eles injetaram ar comprimido em uma caixa, por meio do fundo, e nesta caixa havia areia com grãos de 0,04 mm de diâmetro. A areia foi se assentando e os resultados foram visíveis, com areia movediça e bolas de pingue-pongue que rapidamente afundaram em uma profundidade de até seis vezes o diâmetro. Depois de um décimo de segundo, os esguichos de areia estavam até cinco vezes mais elevados que o tamanho do objeto afundado.