Uma grande quantidade de água, energia, transportes e comunicação é distribuído num território de muitas belezas onde atua um povo descendente de muitas raças, com uma cultura de trabalho e firme adesão a valores elevados.

O Rio Grande do Sul é um estado hospitaleiro, aberto a quem queira produzir, trabalhar, ou usufruir de seus encantadores cenários, atraente culinária e empolgante tradição.

No período que antecede a chegada dos portugueses no Brasil, a área em que está situado o Rio Grande do Sul era povoada por índios guaranis, tapes e charruas. Há registro quanto ao período de 1531, quando o navegador português Martin Afonso de Souza, junto com Pero Lopes, passaram por essa costa, mas não quiseram desembarcar. Havia uma barra, que depois de algum tempo foi aberta para a circulação dos navios. Eles passavam do oceano para a Lagoa dos Patos. Foi chamado, por um tempo, de Rio Grande de São Pedro. Muitos aventureiros passaram por esse local na tentativa de captura e manter escravos os índios que ali viviam.

Foi só no século XVII, quando o estado ainda era visto como “terra de ninguém”, que passaram a chegar os primeiros jesuítas. As Missões Jesuíticas foram povoando o Rio Grande do Sul, o Paraná e outros países próximos como o Paraguai e Argentina. Nesses espaços, os padres tentaram converter boa parte dos índios guaranis a partir de pequenas aglomerações religiosas. A ideia era fornecer alimentação para o índio convertido. O Padre Jesuíta Cristovão de Mendonça começou, também, a introduzir o pastoreio do gado nas missões em 1634. Só em 1641 é que os bandeirantes chegaram para expulsar os jesuítas daquela área. Na fuga, o gado acabou se espalhando pelas pastagens e tornou-se selvagem. Daí a origem da palavra chimarrão naquele período. É o gado que ficava “orelhano”.

Os jesuítas espanhóis, em 1682, se aproveitaram que os bandeirantes estavam à caça de ouro e pedras preciosas e retornaram ao solo dos gaúchos para fundar um dos primeiros núcleos urbanos do estado. Foi São Francisco de Borja, hoje São Borja.

Os povoadores estruturados chegaram pela Ilha dos Açores, com o apoio do governo, no ano de 1740. Ficaram próximo do Porto de Dorneles. Ali foi o início da cidade de Porto Alegre. A estância ou fazenda, naquele período, já investia na produção de carne de charque. E começou a comercializá-la no restante do Brasil.

Um dos fatos históricos marcantes do povo gaúcho foi a Revolução Farroupilha, iniciada em 1835, com duração de 10 anos. A Revolta dos Farrapos, orquestrada pelos imperialistas era contrária ao ideal republicano, tendo sido originada por motivos econômicos, sociais, políticos e militares. O movimento iluminista, liberal encantou a elite rio-grandense, que padecia com os desmandos do poder imperial, por conta de altos impostos e indiferença às necessidades da região. O imbróglio só teve fim com a assinatura do “Ponche Verde”, em março de 1845.