Por muito tempo se falou que a tartaruga-marinha estava condenada à extinção, especialmente por conta da destruição de seu habitat e também por conta da caça predatória (já que muita gente aprecia sua carne).

Mas a verdade é que anos se passaram e ela resiste bravamente, em grande medida por conta de campanhas de conscientização e por causa de projetos, como o brasileiro TAMAR, que ajudaram na recuperação das suas sete espécies hoje existentes.

No entanto, ainda há pouco o que se comemorar, pois todas estas sete espécies ainda se encontram ameaçadas de extinção, e por este motivo, nós vamos lançar um olhar sobre a tartaruga-marinha no século XXI, para que possamos entender o que o futuro reserva para este animal tão simpático.

As espécies existentes e a sua situação atual

Um olhar sobre a tartaruga-marinha no século XXI

A família da qual a tartaruga-marinha é uma das representantes máximas é a Cheloniidae (quelônios), que também inclui todas as espécies terrestres, como a tartaruga gigante das Galápagos ou os cágados.

Dentre as tartarugas-marinhas, há atualmente sete espécies conhecidas: a tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-de-pente, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva, a tartaruga-de-kemp, a tartaruga-de-couro e a tartaruga-marinha-australiana.

Destas, a tartaruga-de-pente e também a tartaruga-de-kemp, assim como a tartaruga-de-couro, são consideradas espécies criticamente ameaçadas ainda nos dias de hoje, mesmo depois de muitos esforços para sua salvação.

A tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva e tartaruga-marinha-australiana constam como espécies ameaçadas, mas que não correm tantos riscos atualmente quanto as outras três espécies citadas anteriormente.

Os problemas

tartaruga-marinha

Além da caça indiscriminada que acometeu todas as setes espécies de tartarugas, especialmente por conta do fato de que sua carapaça, sua carne e sua gordura são muito apreciadas e procuradas pelos caçadores, as tartarugas-marinhas também sofrem por conta de suas próprias limitações.

Uma postura de ovos irá dar origem a mais de 100 filhotes, sendo que apenas 1 irá de fato conseguir chegar até o mar e seguir vida até se tornar adulto, o que é terrível para o futuro da espécie.

Aves, peixes e mamíferos acabam se esbaldando no momento da eclosão dos ovos, atacando os filhotes indefesos com uma voracidade que chega a beirar à crueldade.

Além disto, há também os seres humanos, que buscam os ovos de tartaruga, que são considerados iguarias em diversas partes do mundo.

Para completar, há também o perigo das redes de pesca colocadas pelos seres humanos, que acabam por prender diversas tartarugas-marinhas, matando mais de 40 mil por ano.