As variações são submetidas ao meio ambiente que, através de seleção natural, conserva as favoráveis e elimina as desfavoráveis. Assim, quando as condições ambientais se modificam, algumas variações serão vantajosas e permitirão, então, aos indivíduos que as apresentam, sobreviver e produzir mais descendentes do que aqueles que não as têm.

Entre os principais exemplos de seleção natural citaremos: melanismo industrial, moscas e DDT, bactérias e antibióticos e siclemia.

O Melanismo Industrial

Antes da industrialização da Inglaterra, predominavam as mariposas claras; as vezes apareciam mutantes escuros, dominantes, que, apesar de serem mais robustos, eram eliminados pelos precadores por serem visíveis. Depois da industrialização no século passado, os mutantes escuros passaram a ser mimetizados pela fuligem e, como eram mais vigorosos, forem aumentando em freqüência e substituindo as mariposas que agora pesaram a ser eliminadas pelos predadores por ficarem mais invisíveis. Tais predadores da mariposas atuando como agentes seletivos são pássaros.

Resistência de mosca ao DDT 
Durante o primeiro ano em que o DDT foi usado numa determinada localidade, quase todas as moscas foram mortas; algumas, porém, por causa da variação herdada, não foram afetadas. Puderam sobreviver e só reproduzir e, assim, logo ultrapassaram em número os tipos de moscas menos resistentes naquela área. O inseticida foi só tornando menos ativo. O DDT causou uma mudança no ambiente e só as moscas que eram resistentes puderam sobreviver e foram sendo selecionadas; não foi; portanto, o inseticida que conferiu resistência as moscas.

Resistência de Bactérias aos Antibióticos

Tem sido publicados muitos trabalhos sobro o fato de algumas bactérias patogênicas terem adquirido resistência a um determinado antibiótico. Assim, o ipedloucura2prolongado de uma infecção, com um antibiótico acaba perdendo toda a eficácia., havendo a necessidade da troca do medicamento. Se uma colônia de bactérias recebe uma pequena dose do um determinado antibiótico, ocorre a morte da maioria delas, sobrevivendo aquelas portadoras do variações que conferem resistência ao medicamento.

Os descendentes das bactérias sobreviventes não morrem com a mesma dose do antibiótico, evidenciando que as variações são hereditárias. Se a dose do antibiótico for aumentada, novamente algumas, as resistentes a nova dose sobreviverão. Enfim, prosseguindo com o aumento progressivo das doses dos antibióticos obtém-se, no final, bactérias resistentes a altas dosagens do antibiótico. Saliente-se que as variedades são provocadas por mutações espontâneas. É de vital importância considerar que não é a presença do antibiótico que provoca o aparecimento das mutações; na realidade elas surgem espontaneamente a, quando conferem resistência ao antibiótico, são úteis à bactéria na presença do mesmo.

Siclemia ou anemia Falciforme Na anemia falcilforme ou sidemia, as ipedloucura5recém formadas têm forma normal mas, sob condições de baixa tensão de oxigênio, a maioria se deforma, adquirido o aspecto do uma foice.

Essas células anormais são destruídas no baço, o que provoca anemia. As aglomerações de hemácias falciformes provocam obstrução de vasos capilares e enfartes dolorosos em vários tecidos tais como ossos, baço e pulmões. Os indivíduos com anemia falciformes são homozigotos (SS) e geralmente morrem na infância. Os heterozigotos (Ss) apresentam uma forma atenuada do sidemia, o organismo só produz célula falciformes quando o suprimento de oxigênio é baixo (nas altitudes elevadas) ou quando, durante um exercício físico, necessitam do mais oxigênio. A forma atenuada de siclemia não é letal. pelo fato dos homozigotos não atingirem a idade da reprodução, a freqüência do gene S, nas populações, é sempre baixa. Contudo, em determinadas regiões da África, onde a malária é endêmica, a freqüência de heterozigotos é bastante alta, atingindo a faixa do 40% o que acontece é o seguinte: os indivíduos são portadores do gene para siclemia (ss) geralmente morrem devido a malária, enquanto que os heterozigotos são resistentes a mesma. Sabe-se que, quando o plasmódio (protozoário que provoca a malária) penetra na hemácia e consome oxigênio. Com a diminuição de oxigênio a hemácia siclêmica se altera e é eliminada do organismo antes que o protozoário se reproduza o consequentemente o indivíduo contraia a malária. Portanto, nas regiões com malária, o portador do gene para siclemia apresenta uma vantagem sobre os que não o apresentam.