As lulas ou calamares são tipos de moluscos marinhos da classe Cephalopoda, subclasse Coleoidea, ordem Teuthida, que inclui subordens, Myopsina e Oegopsina (esta última inclui a espécie Architeuthis dux, a lula-gigante). 

Como todos os cefalópodes, caracterizam-se por possuírem cabeça distinta, simetria bilateral e tentáculos com ventosas. Assim como o choco, a lula tem dez tentáculos, dos quais dois se destacam. As lulas têm cromatóforos na sua pele e a capacidade de expelir tinta como resposta a uma ameaça. Sendo coleóides, têm um endoesqueleto que na lula é uma placa única. As lulas movem-se por intermédio de propulsão, ejetando grandes quantidades de água armazenadas na cavidade do manto, através de um sifão de grande mobilidade e capacidade de direcionamento dos jatos. Por esta razão, além de seus corpos altamente hidrodinâmicos, são fortes rivais dos peixes no que se refere à habilidade de natação e manobrabilidade. Na boca, as lulas apresentam a rádula quitinosa que lhes permite triturar alimentos e que é a característica comum a todos os moluscos, exceto Bivalvia e Aplacophora. As lulas respiram por duas guelras e têm um sistema circulatório bombeado por um coração principal e dois subsidiários. São animais exclusivamente carnívoros, alimentando-se de peixes e outros vertebrados, que capturam através dos tentáculos. 

A maioria das lulas não tem mais que 60 cm de comprimento, mas já foram identificadas lulas-colossais com 14 metros (já foi identificada uma lula com 450 kg). Estas são os maiores invertebrados do mundo. 

Os segundos maiores cefalópodos atuais, são as lulas-gigantes do gênero Architeuthis, que podem chegar a medir até 13 metros de comprimento e vivem em águas profundas (200 a 400 metros). 

Sua classificação é atribuída à divisão dos pés, que formaram os tentáculos, esses deslocaram-se para a parte anterior do corpo e situando-se em torno da boca, dando origem a designação cefalópodo (do grego kephale, cabeça + pous, pé). Os cefalópodos nadam por propulsão a jato, a força é gerada pela contração do manto, que se fecha na região próxima a cabeça e a água e expelida da sua cavidade através de um pequeno funil derivado de uma parte do pé.