(1917 – 2005)
Atriz brasileira nascida no Rio de Janeiro, então capital do Brasil, consagrada como a eterna Dona Benta do Sítio do Picapau Amaretlo, personagem criado (1920) por Monteiro Lobato por 11 anos. Formada em Economia, exerceu a profissão por pouco tempo. Bisneta, neta e filha de atores, logo se refugiou nos palcos, iniciando a carreira no teatro e, durante dez anos, participou do Teatrinho Troll, no qual interpretava uma bruxa. Estreou como atriz profissional no filme Cidade-mulher (1936), de Humberto Mauro. Transgressora dos costumes, foi a primeira a tirar a roupa em uma peça de teatro, nos anos 50. Na televisão, estreou na extinta TV Tupi com a novela A canção de Bernadete (1957) e no programa Câmera Um. Dez anos depois, com a novela A rainha louca, ela chegaria à TV Globo, onde realizou seus trabalhos mais importantes. Ela também atuou nas novelas Irmãos Coragem, O bem-amado, O casarão, Que rei sou eu? e Vale tudo. Seu último papel na TV foi em Esperança (2002), de Benedito Ruy Barbosa, ano em que também atuou no filme Xuxa e os duendes 2. Mesmo tendo trabalhado em tantas outras produções depois de ter feito Dona Benta, continuou sendo conhecida pelo personagem inesquecível de Monteiro Lobato, Dona Benta Encerrabodes de Oliveira, sua avó e grande mestra na geografia. Ela esteve presente em todos os episódios dos onze anos que durou a primeira versão da série infantil. Em seus últimos anos de vida, se locomovia em uma cadeira de rodas. Após internada por três semanas sofrendo de infecção urinária, insuficiência renal e desidratação, morreu aos 87 anos. O corpo foi velado no Cemitério do Caju onde foi cremado.