(1944 – 2003)O poeta, letrista, ator e produtor cultural brasileiro nascido em Jequié, Estado da Bahia, que participou do movimento cultural Tropicália, na década de 60, que misturou temas e palavras americanas aos utilizados pela popular Bossa Nova, mas não se considerava do grupo. Filho de pai sírio e mãe baiana, desde cedo mostrou-se voltado para a intelectualidade. Lançou seu primeiro livro de poemas, Me Segura que eu Vou Dar um Troço (1971), uma obra com textos escritos durante uma temporada passada na prisão, paginados e diagramados pelo artista plástico e seu amigo Hélio Oiticica (1937-1980). Neste ano também dirigiu o clássico show Fa-tal (1971), marco na carreira de Gal Costa. Co-autor de músicas como Mel e Talismã, ambas em parceria com Caetano e que viraram título dos discos de Maria Bethânia (1979 /1980), respectivamente, Anjo Exterminado e Mal Secreto, com Jards Macalé, Assaltaram a Gramática, com Lulu Santos e sucesso com os Paralamas do Sucesso, Balada de um Vagabundo, com Roberto Frejat, Pista de Dança, com Adriana Calcanhotto, e Vapor Barato, com Jards Macalé, entre outros. Entre seus livros de sucesso figuraram Gigolô de Bibelôs, Surrupiador de Souvenirs, Algaravias, Lábia e Tarifa de Embarque (2000), entre outros. Participou do filme Gregório de Mattos (2002), da cineasta Ana Carolina, onde vivia o poeta luso-baiano ao lado de Marília Gabriela e Ruth Escobar. Casado e pai de dois filhos, o poeta da Tropicália ficou internado por doze dias na Clínica São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio, para fazer tratamento de um câncer no intestino e morreu aos 59 anos. A causa mortis oficial foi a falência múltipla de órgãos, depois que a doença causou metástase para o fígado. Após o velório no Cemitério São João Batista, o corpo do poeta e letrista foi cremado no Cemitério do Caju, na zona norte do Rio de Janeiro. Era secretário Nacional do Livro do Ministério da Cultura, nomeado pelo Ministro Gilberto Gil, e responsável pela divulgação do livro e da leitura.