Poeta brasileiro nascido no Arraial de São José do Rio das Mortes, hoje Tiradentes, Minas Gerais, incluído entre os pré-românticos e que devido às suas atividades literárias foi adversário e protegido do Pombalismo. Estudou e foi noviço no Colégio dos Jesuítas, no Rio de Janeiro, até que foi decretada a expulsão da Companhia de Jesus do Brasil (1759) por ordem do déspota Marquês de Pombal e continuou os estudos no colégio episcopal de São José.

Acusado de jesuitismo, foi perseguido pelo governo Pombalino e foi para Itália onde ingressou na Arcádia Romana, adotando o pseudônimo de Termindo Sipilío. Voltou ao Brasil (1767) e, no ano seguinte, foi para Lisboa e lá foi preso, denunciado como partidário dos jesuítas, e condenado ao degredo na África. Porém graças a um epitalâmio, escrito para as bodas da filha do Marquês, a Senhora Dona Maria Amália, rogando-lhe clemência e, ao mesmo tempo, louvando o ministro e insurgindo-se contra os jesuítas, foi perdoado e escapou de acusações de jesuitismo.

O próprio Marquês de Pombal passou a protegê-lo e lhe possibilitou concluir e publicar em Lisboa o poema épico O Uraguai (1769), sua obra principal, um poema épico escrito em decassílabos brancos, sem divisão de estrofes e composto de cinco cantos, sobre o heroísmo indígena. Por causa desta obra ficou conhecido por ter sido o primeiro brasileiro a tratar o índio com simpatia.

Também nessa obra épica, louvava a política da coroa portuguesa de combate aos jesuítas, que eram retratados de maneira impiedosa. Conheceu então uma série de êxitos sociais, recebeu carta de fidalguia e nobreza, porém após a morte de Pombal, foi hostilizado e faleceu em Lisboa. Além de O Uraguai, destacou-se em sua obra Quitúbia (1791), um poemeto heróico celebrando um chefe africano que auxiliou a colônia na guerra contra os holandeses, Lisboa.