Historiador, biógrafo e etnólogo provavelmente nascido no norte da Itália ou no sul da Gália, hoje sudeste da França, autor de obras principalmente sobre retórica e de obras-primas da historiografia romana, escrevendo em latim. Com dados biográficos bastante escassos, aparentemente era de origem abastada, estudou retórica e direito com dois famosos oradores, Marco Aper e Júlio Secundo, e mais tarde tornou-se amigo do erudito Plínio o Moço. Começou a trabalhar como tribuno militar e casou-se (77) com a filha do cônsul Júlio Agrícola, futuro governador da Bretanha.

Nos anos seguintes, ocupou cargos sucessivos da carreira de funcionário administrativo, que o obrigaram a ausentar-se freqüentemente de Roma, onde consolidou seu prestígio de orador e advogado. Nomeado cônsul (97) pelo imperador Nerva, começou então, a redigir suas obras, iniciando por De vita Julii Agricolae (98), biografia de seu sogro, notável descrição de seus anos como governador da Bretanha. Continuou a prestar serviços ao império e chegou ao ponto máximo da carreira quando foi designado procônsul da Ásia (112-113) e morreu em lugar incerto.

Escreveu cerca de 30 livros dos quais restam alguns ou partes deles, como De origine et situ Germanorum (99), tratado conhecido como Germânia, Dialogus de oratoribus (101), uma discussão sobre a arte da retórica, Historiae (109), sobre o período da dinastia dos Flávios, e Annales (117), sobre a história do Império Romano a partir da morte de Augusto até a de Domiciano (96). Descreveu o suicídio de Sêneca, no seu XV livro: Annales.