Abade nascido na pequena localidade da Champagne, um dos abades fundadores da Ordem Cisterciense, conhecido como o primeiro santo abade de Cîteaux. Filho de nobres e na primeira entrou para a abadia de S. Pedro de Moutier-la Celle, perto de Troyes, onde em tornou-se prior (1053). Eleito (1068) abade de Sain Michel de Tonnmerre (ou S. Miguel de Tonnerre), depois, por razões desconhecidas, retornou a Troyes e logo depois foi eleito prior de Saint-Ayoul. Também depois de uma breve permanência, resolveu se dedicar a uma vida eremítica (1074). Logo outros eremitas seguiram o seu gesto e o grupo tornou-se tão numeroso que resolveram fundar um mosteiro: Molesmes (1075). 

Sua fama de santidade atraiu numerosas vocações e muitas doações dos nobres, o que tornou possível fundar dezenas de priorados e abadias dependentes de Molesme. Com o passar do tempo, a redução de eremitas fundadores levou os novos abades a caírem nas tentações materiais e o sentimento de pobreza e solidão iniciais foram minguando a medida que as doações implicavam em privilégios recíprocos para os nobres, enquanto os próprios monges tinham servos e colonos. Esses motivos levaram os monges mais ciosos e tradicionalistas a abandonarem Molesmes.

Assim, comandados pelo próprio abade fundador do mosteiro de Molesmes, cerca de vinte monges deixaram Molesmes (1098) para fundarem, na Borgonha francesa, a 20 km ao sul de Dijon, em Cistercium, uma nova sede monástica, que foi chamada Novo Mosteiro e, depois, Mosteiro de Cîteaux, com a aprovação do Legado do Papa, Hugo, arcebispo de Lyon, e financiado por Reinaldo, visconde de Beaume. O novo mosteiro que tanto desenvolvimento alcançaria nos séculos sucessivos, tornou-se, sob a liderança do velho monge, a origem dos cistercienses, os pregadores da humildade e da vida monástica solitária e pobre, fiel à tradição dos ensinamentos de S. Bento. Quando voltou a Molesmes (1109), onde morreria, Santo Alberico sucedeu-lhe como abade, o segundo santo abade