Papa católico (1492-1503) de origem espanhola nascido em Játiva, na província de Valência, então no Reino de Aragão, cujo pontificado contribuiu para o crescimento da Reforma, em função de seu comportamento corrupto e ambicioso. Estudou direito em Bolonha, e depois ordenou-se, iniciando uma meteórica carreira eclesiástica, em que tornou-se cardeal (1456), vice-chanceler da Igrreja (1457), deão do sagrado colégio (1476) e, finalmente, eleito papa (1492). Sua atuação inescrupulosa lhe permitiu acumular enorme fortuna pessoal e usou de muitos de seus bens para se eleger papa, comprando os competidores. 

Com grande quantidade de filhos ilegítimos com várias mulheres diferentes, usou e abusou do nepotismo. Sua hablidade diplomática foi inegável e na luta entre ele, Carlos VIII, Luís XII, seu filho César e Fernando o Católico, conseguiu a unificação da península italiana. Com a bula Inter caetera (1493), base do Tratado de Tordesilhas, demarcou as fronteiras das terras de Portugal e da Espanha depois do descobrimento da América. 

Denunciado pelo frade Girolamo Savonarola como simoníaco, herético e infiel, foi convocado a Roma, reverteu as denúncias e calúnias e Savonarola foi julgado e condenado à morte na fogueira (1498). São também seus feitos a consolidação da estrutura política do pontificado, o incentivo a criação artística em uma das etapas mais importantes do Renascimento e, também, a censura à imprensa pelas autoridades eclesiásticas. Morreu em Roma em 18 de agosto (1503).