Rei francês (1610-1643) nascido no Palácio de Fontainebleau, filho mais velho de Henry IV, que morreu assassinado (1610), e Maria de Médicis, que patrocinou a fundação da Academia Francesa (1634), através do Cardeal Richelieu. Ao assumir o trono demitiu Concino Concini, homem forte do período de regência e trouxe para seu governo o brilhante e enérgico Armand-Jean du Plessis Richelieu (1585-1642) , o famoso cardeal e duque de Richelieu. 

Nomeado primeiro-ministro (1624) em pouco tempo, tornou-se a figura principal do rei e senhor absoluto da França. Politicamente, investiu contra o poderio da nobreza aristocrática, proibiu os duelos e instituiu a pena de morte como pena máxima. Aniquilou várias conspirações para tentar derrubá-lo do poder, principalmente organizadas pela aristocracia. Nomeado duque (1631) pelo rei, a eficiência de seu primeiro-ministro fez com que a Dinastia de Bourbon continuasse a florescer. 

Como resultado do trabalho de Richelieu, o monarca tornou-se um dos primeiros exemplares do absolutismo. Subjugou os Hapsburg, a nobreza francesa foi mantida firmemente sob sua ordem, e os privilégios especiais e o poder político concedidos aos huguenots por seu pai foram cancelados, garantindo-lhes apenas a liberdade de culto. Uma marinha poderosa foi construída e o porto de Le Havre foi modernizado.

 Em assuntos internacionais, o seu reinado organizou o desenvolvimento e administração da Nova França, e ampliou a colônia de Quebec para oeste ao longo do Rio São Lawrence até Montreal.

O rei também fez tudo para inverter a tendência dos artistas promissores de França trabalharem e estudarem na Itália, e contratou grandes artistas como Nicolas Poussin e Philippe de Champaigne para decorar o Palácio de Luxemburgo. Casou-se por conveniência com uma Hapsburg, a Princesa Ana de Áustria (1601-1666), filha de rei Filipe III de Espanha. 

Apesar de viveram praticamente separados, cumprindo o dever dela, depois de vinte anos de matrimônio, Anne deu à luz finalmente um filho (1638). Morreu em Paris e foi sucedido (1643) pelo filho Luís XIV, quando este tinha apenas quatro anos e oito meses, ficando sob a regência (1610-1618) de sua mãe Ana, quando assumiu de fato o poder, aos 16 anos. Fundada (1612) pelo nobre francês Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardière, a capital do Estado do Maranhão foi chamada de São Luís em homenagem a esse rei francês.