Rei da Bavária ou Baviera (1864-1886) nascido em Nymphenburg, Alemanha, que pouco interessado pelas questões políticas, destacou-se como incentivador de artes e música. Filho de Maximiliano II de quem herdou o trono após sua morte, levou uma vida de reclusão, ao mesmo tempo que patrocinava grandes obras musicais, teatrais e arquitetônicas. Logo que ascendeu ao trono, o rei demonstrou suas inclinações artísticas e tornou-se patrono do compositor Richard Wagner, que chamou para Munique.

Na guerra entre a Áustria e a Prússia (1866) apoiou os austríacos por inclinação pessoal e por laços dinásticos, e com a derrota da Áustria, viu-se obrigado a assinar um tratado de colaboração (1870) com a vizinha Prússia, cujo poderio militar parecia imbatível na época. Durante a guerra franco-prussiana (1870-1871), aliado à Prússia, atacou a França. No mesmo ano, exortou os demais príncipes alemães a construir um império sob a égide prussiana e (1871), incorporou a Baviera ao império alemão.

Sua desilusão foi grande por não conseguir o apoio dos prussianos a seus projetos de aumentar os territórios bávaros, embora tenha obtido garantias da manutenção dos privilégios especiais desfrutados pela Baviera. Grande entusiasta da arquitetura, de sua época datam o palácio de Linderhof, edificado (1869-1878), o de Herrenchiemsee, cópia de Versalhes, construído (1878-1885) e o de Neuschwanstein, que tem o aspecto de um castelo fantástico de conto de fadas. Enlouquecido, foi deposto (1886) e terminou seus dias confinado no castelo de Berger, próximo ao lago Starnberger, Bavaria, no qual morreu afogado. Como seu irmão Otto ainda não estava preparado, o poder ficou sob a regência do seu tio, Luitpold.