Escritor e jornalista brasileiro nascido no Rio de Janeiro, considerado uma das figuras mais polêmicas da imprensa do país. Começou trabalhando como ator de teatro, passando em seguida para diretor e crítico. De cultura erudita, mesmo sem nunca ter freqüentado um curso superior, passou a escrever artigos sobre cultura e política e fez um mestrado com o crítico Eric Bentley na Universidade de Columbia, em Nova York.

Esquerdista e trotskista, começou a escrever no jornal críticas sobre teatro, depois artigos sobre cultura. Na década de 60, editou a revista Senhor, o caderno de cultura e variedades do Correio da Manhã e escreveu para outros como Última Hora, O Pasquim e Folha de S. Paulo, e na revista Realidade. Foi um dos fundadores do jornal de esquerda O Pasquim (1969). Nos dois anos seguintes foi preso 4 vezes e ficou encarcerado no total 8 meses. Mudou-se para os EUA (1970) onde sobreviveu em Nova Iorque com uma bolsa da Fundação Ford e dos textos que escrevia e enviava aos jornais brasileiros.

Mudou de posição política, declarando-se conservador esclarecido. Convidado (1977) por Cláudio Abramo, tornou-se correspondente da Folha de São Paulo. Na década seguinte foi para a TV e o homem que enfrentou prisões por ser esquerdista tornou-se a favor ao capitalismo. Depois (1990) começou a escrever a coluna Diário da Corte para O Estado de São Paulo e (1992) para O Globo. Participava do Jornal da Globo e do programa de debates Manhattan Connection, do canal GNT, quando morreu aos 66 anos no seu apartamento em Nova York, fulminado por um ataque cardíaco, e foi enterrado no Rio de Janeiro.