Advogado, orador, magistrado, poeta e político monarquista brasileiro nascido na ilha dos Frades, em Itaparica, BA, Ministro da Guerra e interino de Estrangeiros, no primeiro ministério Saraiva, e do Império, no último gabinete da monarquia brasileira. Filho de José Inácio de Menezes Dória e de Águeda Clementina de Menezes Dória, formou-se em Direito na Faculdade de Recife (1859), dedicando-se, desde então, à profissão de advogado e à política. Foi promotor, juiz de direito e chefe de polícia em sua província.

Foi eleito deputado provincial na Bahia (1863), nomeado governador do Piauí (1864), governador do Maranhão (1866) e governador de Pernambuco (1880), e eleito e reeleito para a Câmara Federal (1872-1885), em mandatos alternados, tendo sido presidente da Câmara. 

Tornou-se professor do Externato no Colégio Pedro II, após apresentar a tese para o concurso da cadeira de Retórica, Poética e Literatura Nacional (1878): Da Poesia,caracteres essenciais; diferença da prosa; qualidade de poeta. Integrou diversas associações culturais e filantrópicas e integrou o grupo de fundadores da Academia Brasileira de Letras (1897), fundando a Cadeira n. 25 que tem como patrono o poeta Junqueira Freire.

Foi ministro da Guerra no gabinete Saraiva (1881), quando fundou a Biblioteca do Exército, que perdura até hoje, e Ministro do Império no último gabinete da Monarquia, do Visconde de Ouro Preto (1889). Conselheiro do Império, recebeu o título de Barão de Loreto (1888) e colaborador tão fiel a D. Pedro II, que o acompanhou voluntariamente em seu exílio na Europa. De volta ao Brasil, dedicou-se à advocacia e à literatura e passou a trabalhar para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1896), até que morreu no Rio de Janeiro, RJ.

Entre seus trabalhos jurídicos e literários mereceram destaque Enlevos, poesia (1859), Estudo sobre Luís José Junqueira Freire (1869), Cântico comemorativo da Guerra do Paraguai, poesia (1870), Evangelina, tradução do poema de Longfellow (1874), Discursos sobre instrução, oratória (1877), Questões judiciais, direito (1881), Dois discursos (1884), Discurso e poesia em homenagem a Camões (1886) e A instrução (1889).