Filósofo e economista político francês nascido em Besançon, um dos mais radicais representantes do socialismo utópico em França e o criador da comunidade cooperativa conhecida como Fourierismo, e idealizador das hipotéticas comunidades denominadas falanstérios. Filho de um comerciante de tecidos, trabalhou como comerciante, mas acabou falindo.

Abandonou os estudos aos 17 anos, serviu no exército durante a revolução francesa. Afastado da ativa por problemas de saúde, logo se empregou como balconista. Começou a escrever sobre questões sociais e econômicas, ao mesmo tempo em que formulava a defesa da existência de uma ordem social natural, paralela à ordem física do universo.

Lançou o jornal O Falanstério (1822), depois mudado para A Falange, defendendo suas idéias, influenciadas pelo idealismo de Rousseau. Propunha que a sociedade se organizasse em comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios-cidades onde as pessoas trabalhassem apenas no que quisessem. Defendia, assim, o fim da dicotomia entre trabalho e prazer.

Nos falanstérios os bens seriam distribuídos conforme a necessidade e a educação deveria se adaptar às inclinações de cada criança e não existiriam restrições morais à prática de sexo. Morreu em Paris e seus grandes livros foram a Théorie des quatre mouvements et des destinées générales (1808) e Traité de l’association agricole domestique (1822). Sua doutrina antecipou, em diversos aspectos, o socialismo marxista e a psicanálise.