Organista francês nascido na rua François Miron, atrás da Igreja de Saint Gervais, em Paris, um dos expoentes da música do século XVIII, na tradição aristocrática da corte francesa e por causa do enorme prestígio alcançado com suas peças para cravo, ficou conhecido como Couperin o Grande. Membro da secular e tradicional família Couperin, de prestigiosa linhagem de músicos, e filho de Charles Couperin, organista da Igreja Saint Gervais, de quem ficou órfão (1679). Por tradição de família tornou-se organista da igreja Saint-Gervais de Paris (1685) e casou-se (1689) com Marie-Anne Ansault, com quem teria quatro filhos: os músicos Nicolas, Marie-Madeleine e Marguerite-Antoinette, e François Laurent.

Logo após (1690) o casamento publicou suas duas primeiras obras para órgão: Messe pour les couvents de Religieux et Religieuses e a Messe solennelle à l’usage des paroisses. Foi escolhido por Luís XIV para suceder a seu professor Thomelin em um dos quatro postos de mestre organista da capela real de Versalhes (1693), o que lhe deu acesso aos círculos aristocráticos. Introduziu na França a sonata-trio, numa elaboração pessoal do estilo da sonata-trio italiana de Corelli e no ano seguinte, Luís XIV nomeou-o instrutor de cravo das crianças da família real. Estimulado pelo italiano Arcangelo Corelli, compôs várias sonatas para violino e peças para orquestra de câmara.

Em seus últimos anos compôs concertos para flauta, violino, viola de gamba e cravo, instrumento ao qual dedicou a maior parte de sua produção. Publicou 27 suítes que compôs para cravo com cerca de 220 pequenas peças (1713-1730) e reuniu seus ensinamentos em um livro denominado de L’Art de toucher le clavecin. Foi nomeado Chevalier de l’Ordre de Latran (1702) e morreu em Paris e foi enterrado na capela Saint-Joseph do cemitério Saint-Eustache. Seu posto em Saint Gervais foi herdado por seu filho Nicolas gozando.

Outras obras muito citadas deste compositor foram Les Nations (1726), 4 Concerts royaux (1722), Le goûts-réunis ou nouveaux concerts (1724), o concerto instrumental L’apotheóse de Lully (1725), 27 motetos e outras músicas sacras, e dois trabalhos didáticos sobre a arte do acompanhamento e do cravo: L’art de toucher le clavecin (1716).