Religioso brasileiro nascido no Rio de Janeiro, capital do Brasil, considerado o maior orador sacro de sua época e um dos mais importantes da língua, pela eficiência do estilo e pela imaginação e que foi de algum modo um precursor do movimento como o mais escutado preceptor filosófico dos seus principais fatores.

Ordenado (1807), foi nomeado pregador da ordem dos franciscanos e professor de filosofia, eloqüência e teologia no colégio de São Paulo. Cego por causa de uma grave enfermidade nos olhos (1836), não o afastasse do cargo de pregador régio. Como professor, rejeitou, nos últimos anos, a escolástica e o tomismo para defender o ecletismo de Victor Cousin.

A transição da colônia pra a independência, no que se relaciona com a filosofia, foi feita pelo trabalho do valioso frade, mais orador que pensador. Em vida publicou Obras oratórias (1833), uma obra em quatro volumes e, após sua morte em Niterói, Capital do Estado do Rio de Janeiro, foram publicadas suas lições filosóficas em Compêndio de filosofia (1859), de qualidade científica inferior mas de importante influência sobre os românticos brasileiros.

As idéias de Locke e Condillac apareceram nesse livro. A filosofia de Condillac e, depois, também a de Victor Cousin, prestava-se à eloqüência do frade e, correspondia às necessidades da burguesia na Restauração, imitada por conveniência política, pela aristocracia brasileira.