Imperador romano do Ocidente (364-375) nascido em Cibalis, hoje Vinkovci, sudeste da Panônia, oficial da guarda eleito pelos generais do exército como novo Imperador (364) sucedendo outro militar eleito Imperador Romano pelo exército (363), Flávio Joviano (331-364). Filho de um grande oficial do exército, Graciano, que foi comes Africae, e comes Britanniae. Indicado imperador, atendeu os pedidos dos soldados do exército em Nicéia, nomeou como segundo augusto seu irmão Flávio Valêncio ( ? -378), ou também denominado Flávio Valente, para governar o Oriente e eliminar o usurpador Procópio, um notarius parente de Juliano o Apóstata, auto-coroado imperador em Constantinopla.

Instalou-se em Milão e, embora cristão convicto, não favoreceu nenhuma religião em particular, restabelecendo inclusive a tolerância religiosa e manteve-se acima das controvérsias teológicas. Criou a figura do defensor civitatis funcionário público encarregado de defender os mais humildes contra os abusos dos poderosos.

No campo militar conseguiu notáveis vitórias, especialmente sobre os invasores germânicos, desenvolvendo eficaz atividade bélica contra os alamanos aos quais expulsou da Gália, dominou os quados e sármatas no Danúbio, e com seu general Flavio Teodósio, estabeleceu a paz com os pítios e saxônicos na Bretanha e sufocou uma revolta separatista dos donatistas da África.

Morreu subitamente quando combatia em Panônia e Mésia, e foi substituído por seus filhos Graciano e Valentiniano II, ambos ainda de menor idade. Também ficou também conhecido por alguns hábitos bizarros e violentos como os de queimar em sua frente os cortesãos que caiam em desgraça ou jogá-los como comida para suas feras.