Imperador romano nascido em Constantinopla, homem de notável formação intelectual, cujo governo de apenas vinte meses, ficou marcado pela pretensão de harmonizar a cultura e a justiça com os valores da antiga religião pagã de Roma. Com a morte do tio, Constantino, o Grande, refugiou-se com o irmão Galo, na Capadócia, para escapar da matança de seus parentes promovida pelo Exército. Constâncio II nomeou Galo (357) como césar (colaborador e sucessor), que seria executado três anos depois.

Ele então o substituiu e foi enviado pelo imperador à Gália. Lá, distinguiu-se como estrategista, administrador e legislador. Suas campanhas vitoriosas entusiasmaram os soldados, que o proclamaram imperador. Ao saber da notícia, Constâncio dispôs-se a enfrentá-lo, porém quando marchava a seu encontro, morreu em conseqüência de febres e deixou o caminho livre. O novo imperador, embora batizado e educado no cristianismo, declarou-se pagão ao iniciar o mandato, o que lhe valeu o cognome de o Apóstata. Introduziu diversas reformas, reduziu os impostos e proclamou a liberdade de culto. Apesar de sua aparente tolerância religiosa, tomou medidas contra os cristãos. Desejoso de novas vitórias militares, empreendeu campanha contra a Pérsia, porém foi morto em combate, na Mesopotâmia.