Jornalista e romancista italiano nascido em San Pellegrino, próximo a Belluno, Itália, uma das figuras mais importantes da literatura italiana e européia contemporânea, cuja obra foi influenciada por Kafka e pelo surrealismo. Era filho do professor Giulio Cesare, do Diritto Internazionale da Universita’ di Pavia e da Bocconi di Milano, e de Alba Mantovani, veneziana come o marido, e última descendente da família Badoer Partecipazio, irmã do escritor Dino Mantovani. Frequentou o Liceo Classico Parini di Milano e laureou-se em jurisprudência com uma tese La natura giuridica del Concordato.

Iniciou sua carreira jornalística em Milão (1928) onde ingressou como cronista no Corriere della Sera e logo se tornou redator e enviado especial. Sua atividade literária se iniciou com a publicação de Barnabò delle montagne (1933) e prosseguiu com Il segreto del Bosco Vecchio (1935). Sua afirmação veio com os livros Il deserto dei tartari (1940) e Los siete mensajeros (1942). Outros romances de sucesso foram Il grande ritratto (1960) e Un amore (1963). Escreveu também literatura infantil e coletâneas de contos como em Sessenta racconti (1958) e peças como Un caso clinico (1953).

Também elaborou roteiros de cinema, como o de Il viaggio de G. Mastorna, colaborando com Federico Fellini, além de libretos de ópera. Entre vários outros, venceu o prêmio jornalistico Mario Massai (1970) pelo artigo publicado no Corriere della Sera nell’estate (1969), sobre a descida do homem à Lua. Nos últimos anos acentuou suas características satíricas e mostrou um maior interesse pela crítica social que o distinguiu dos escritores italianos de sua geração, embora sem perder a sua interpretação da realidade, peculiar do autor, e morreu na clínica La Madonnina de Milão.