Com as eleições presidenciais chegando bem perto de uma definição, com o pleito sendo mais uma vez polarizado entre um candidato do PSDB e um candidato do PT que tenta a reeleição, muitas questões surgem para quem ainda não se definiu.

Dilma Rousseff, a atual presidente da república que tenta a reeleição pelo PT tem sido alvo de muitos ataques por parte dos opositores, e agora, deverá ser ainda mais atacada pelo candidato que irá disputar o segundo turno com ela, o tucano Aécio Neves.

No entanto, a verdade é que, tanto para muita gente que votou nela no primeiro turno, quanto para muita gente que não votou nela, o passado de Dilma Rousseff talvez seja algo um tanto nebuloso, e que, portanto, merece ser conhecido.

A juventude

Rousseff Dilma

Dilma nasceu em Belo Horizonte, no dia 14 de dezembro de 1947, filha de um advogado búlgaro naturalizado brasileiro chamado Pedro Rousseff com a dona de casa Dilma Jane Coimbra Silva.

Filha de uma família de classe média alta, Dilma logo se interessou pelo socialismo, sendo que muitas leituras sobre o tema durante sua juventude acabaram por formar sua visão de mundo.

Pois estas leituras acabariam por levá-la ao encontro dos grupos estudantis e da luta armada, já que ela se encontrava em plena Ditadura Militar, e os estudantes, ao menos os que eram de esquerda, estavam dispostos a lutar contra o regime.

A luta armada

Dilma Rousseff

Já como militante atuante da esquerda, a jovem Dilma Rousseff fez parte de algumas das organizações paramilitares mais importantes e icônicas da luta contra o regime militar nos anos 1960 e 1970.

Um dos mais importantes foi o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a lendária Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares), que teve como um de seus líderes, o famoso Carlos Lamarca.

Por causa de seu envolvimento com estes grupos paramilitares de esquerda, Dilma foi presa e passou quase três anos encarcerada por causa de ações contra “segurança nacional”.

Na primeira vez, Dilma foi presa durante a famigerada Operação Bandeirante (Oban), que resultou em pesadas sessões de tortura corporal e psicológica para que ela entregasse colegas.

Na segunda vez em que Dilma foi presa, ela ficou encarcerada no famoso Departamento de Ordem Política e Social, mais conhecido pela temida sigla DOPS.

Um segundo começo no Rio Grande do Sul

Após a luta armada, as prisões e as sessões de tortura, Dilma partiu para o Rio Grande do Sul, onde reiniciou sua vida ao lado de Carlos Araújo, que foi seu companheiro durante mais de 30 anos.

Lá, Dilma continuou atuando politicamente, atuando para ajudar a fundar o Partido Democrático Trabalhista (PDT), para depois disto, entre 1985 e 1988, exercer seu primeiro cargo político, como secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre.

Dilma é formada em Economia, sendo que iniciou seus estudos na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas por ter sido impedida de retomar seus estudos nesta instituição em virtude da luta armada, Dilma retomou o curso na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).