A história dos macedônios começou a delinear por volta do século VIII a.C. No século V a.C, porém, permaneciam escassos os sinais de civilização naquela terra de férteis planícies e montanhas, situada ao norte da península grega.
A ocupação principal dos habitantes era a criação de cavalos e a agricultura.

Infância e Adolescência

Quando jovem, logo se reconheceu que Alexandre seria sóbrio quanto às mulheres, pois, impetuoso e veemente em todas as outras coisas, era pouco sensível aos prazeres do corpo.
Sua busca era a de glórias. Quando lhe perguntaram se gostaria de participar dos jogos Olímpicos, ele respondeu: “Somente se os outros combatentes forem reis”.
Mostrou tendência para a maturidade precoce e talento para os grandes problemas, praticamente ainda menino, ao receber embaixadores do rei Artexerxes III, da Pérsia, conversando com eles como se fosse estadista consumado.

Dizem que seu pai teria lhe dito uma vez: “Procure outro reino, que a Macedônia é pequena para a sua ambição”. Em 343, Filipe chamou Aristóteles para lhe confiar a educação do filho, então com 13 anos.
Por necessidades políticas e militares, aos poucos Alexandre se afastou do mestre. Aos 20 anos, então, quando seu pai morreu, tornou-se rei, que havia morrido assassinado quando Alexandre estava lutando no norte da Macedônia, quando Tebas e Atenas se revoltaram contra ele.

A Temida Falange
O instrumento essencial das vitórias de Filipe e Alexandre foi à falange, uma nova unidade de combate. Consistia de 16 linhas de homens (625 para cada) que avançam como uma muralha de pontas de ferro. Os homens das filas de trás tinham lanças mais longas (de até 6m) contra as quais nada podiam fazer as espadas curtas e as lanças de 2m da infantaria tradicional.

Um rei e seu projeto
Filipe, pai de Alexandre, ao assumir o governo da Macedônia, reformulou inteiramente o exército macedônio. Era a primeira etapa de um plano que pretendia unificar política e militarmente os gregos, para depois lançá-los contra os persas. Mas, Filipe mais do que um conquistador era um estadista. Seu respeito pela cultura helênica era indiscutível, o que também atendia seus objetivos: lisonjeava os gregos com essa admiração e simultaneamente permitia conhecê-los melhor.

A grande aventura de Alexandre

Numa primeira demonstração de força, Alexandre, reafirmou a hegemonia da Macedônia, levando seus exércitos até as portas de Tebas. Foi mais um triunfo que uma campanha: por toda parte Alexandre recebeu coroas de louros e promessas de fidelidade. Admirador, como seu pai, da cultura Helênica, de um voto de confiança às cidades-Estados: aboliu todos os governos controlados diretamente pelos macedônios e deixou que se governassem com suas próprias leis.
Em 355 a.C, porém, enquanto Alexandro lutava contra os trácios e ilírios que ameaçavam as fronteiras setentrionais da Macedônia, circulou em Tebas a notícia da sua morte. Foi o bastante para que Atenas e Tebas se rebelassem. Demóstenes, mais uma vez, propôs a formação de uma liga antimacedônia, mas nenhuma outra cidade-Estado aderiu.

Ao regressar vitorioso da campanha contra seus inimigos do norte, Alexandre soube da rebelião. Furioso com o rompimento dos pactos, em treze dias de seu com suas falanges à Grécia para esmagar os insurretos. Tebas foi destruída pelo fogo e seus habitantes vendidos como escravos, enquanto Atenas, igualmente rebelde, mereceu um tratamento generoso. Alexandre perdoou-lhe a violação dos compromissos assumidos e até o fim da vida, apesar da campanha que lhe moviam Demóstenes e outros líderes democráticos, manteve uma atitude de respeito pela mais culta pólis da Grécia.
Tendo recebido novos protestos de lealdade de todas as cidades-Estados(com exceção de Esparta), Alexandre voltou à Macedônia e preparou a invasão da Ásia.

As conquistas
Alexandre desembarcou na Ásia, para o seu primeiro confronto lá, onde Dario III o esperava com um exército de 600.000 homens. No final, Dario abandonou o combate deixando sua própria família e todo o ouro que serviria para pagar sua tropa.
A seguir, Alexandre conquistou a Síria, a Fenícia e a Palestina. No Egito, onde foi acolhido como libertador, honrou os deuses locais, declarou-se filho supremo de Amon e ocupou o trono que pertencia aos faraós. Sua permanência de 4 meses no Egito foi marcada pela fundação de Alexandria, que se tornou um dos maiores centros culturais e comerciais da Antiguidade. Em 331 a.C. Alexandre deixou o Egito para o segundo confronto com Dario. A batalha foi travada em Gaugamelos e depois que venceu, Alexandre avançou sobre Babilônia, Susa e Persépolis, submetendo o Império Persa. Estava realizando o sonho de seu pai.

Quando chegou ao conhecimento que Dario III havia sido assassinado por ordem de Besso, sátrapa de Bactriana, ordenou que o corpo do rei fosse levado para Persépolis, onde foi sepultado com todas as honras, sensibilizando os persas, que lhe deram a condição de herdeiro legítimo do trono.
Logo depois, derrotou o rei Poro, tendo ajuda do rei de Taxila.
Alexandre formulava novos planos de conquista. Tencionava submeter à Arábia, pensou em conquistar a Europa até as colunas de Hércules e chegou a enviar um comando para explorar as regiões do mar Cáspio.
Mas, em junho de 323 a.C, caiu vítima de uma febre que durou 10 dias, no décimo primeiro dia, morreu, quando tinha 33 anos de idade.

A civilização Helenística

O império que Alexandre construíra não sobreviveu à sua morte, mas o seu projeto de uma aproximação entre Oriente e Ocidente foi coroado com êxito. O encontro entre as culturas grega e oriental deu origem a uma unidade jamais experimentada na Antigüidade. Foi à civilização helenística, assim chamada, pois a contribuição helênica predominou sobre a oriental.
Para muitos historiadores, a era helenística marca o ponto culminante do progresso humano no mundo antigo antes que se firmasse o poderio de Roma.