O primeiro dos patriarcas de Israel, nascido em Ur, chefe de um clã arameu, na Caldéia, que emigrou para Canaã. Um dos personagens mais importantes das religiões judaica, islâmica e cristã, pois representa para todas elas a transição da idolatria para a crença em um só Deus verdadeiro, e que segundo a Bíblia, no Gênesis, viveu cerca de 175 anos e foi o pai de Isaac. Depois que sua família mudou-se para o norte do país, ele recebeu uma revelação divina para deixar o país, tua parentela e a casa de teu pai, para seguir uma orientação divina.

Com a esposa Sara, o sobrinho Ló e seus pertences, Abraão dirigiu-se a Canaã, a região indicada por Deus. Ali permaneceu até que um período de fome o levou ao Egito, onde fez fortuna antes de voltar algum tempo depois para Hebron, onde ergueu um altar ao Deus único (Javé), que renovou então suas promessas, entre as quais a de fazer dele o patriarca de uma imensa descendência. Sara revelou-se estéril, pelo que, em obediência às leis da época, entregou a Abraão sua escrava Agar, que dele concebeu e deu à luz Ismael. Os descendentes de Ismael, os ismaelitas ou agarenos,- viriam a ser os árabes.

Quando Abraão e Sara já eram anciãos, nasceu-lhes Isaac, o herdeiro das promessas divinas. Deus pôs à prova a fé do patriarca ordenando-lhe que sacrificasse Isaac, ao que Abraão obedeceu prontamente. Um anjo, no entanto, deteve a mão de Abraão e substituiu o menino por um cordeiro, enquanto Deus prometia novamente a Abraão uma descendência que se multiplicaria como as estrelas do céu e como a areia que está na beira do mar. Abraão representa não apenas a origem de um povo eleito por Deus para renovar a humanidade, mas também o homem justo, profundamente fiel, cuja lealdade a Deus chegaria ao ponto de sacrificar o filho em obediência à ordem divina.