2. A crise da Baixa Idade Média 

No decorrer do século XIV, o desenvolvimento econômico da Europa passou por uma crise de retração. 

Com o crescimento populacional, o sistema feudal não conseguia produzir o suficiente para atender o consumo crescente. Os preços subiram e muitas pessoas não se alimentavam devidamente, facilitando o aparecimento de doenças. 

A situação se agravou quando a Europa sofreu com as crises climáticas cíclicas por volta de 1317 e 1385, que ocasionaram secas que prejudicaram as colheitas e conseqüentemente o problema da fome ficou mais complicado. 

Em 1348, um vírus proveniente da Ásia chegou à Europa. A doença era transmitida por uma pulga que se alojava no rato cinzento. Em pouco tempo, a denominada Peste Negra já tinha se espalhado pela Europa ocasionando a morte de milhares de pessoas. Sendo assim, houve uma alteração na densidade demográfica, e os mercados foram reduzidos, propiciando o crescimento do capitalismo. 


Peste Negra vitimou grande parte da população européia no século XIV

Nos primórdios do século XV houve uma considerável arrancada econômica, que daria origem a uma nova crise: crise de desenvolvimento. Nessa época, o comércio estava sendo lesado pela diminuição do dinheiro em circulação, uma vez que a Europa estava se eximindo de suas moedas, que seriam usadas para pagar os produtos importados do Oriente. 

A maneira encontrada para acabar com essa crise foi estabelecer mercados extra-europeus, consumidores e fornecedores. Com isso foi necessário organizar novas rotas marítimas que deu origem à Expansão Marítimo-Comercial Européia, que resultou no fortalecimento do capitalismo comercial e na desintegração do feudalismo.