Os poetas líricos menores. 
Manuel Inácio da SILVA ALVARENGA. (Vila Rica, 1749 – Rio, 1814).

Manuel Inácio da Silva Alvarenga nasceu em Vila Rica, Minas Gerais, em 1749.

Morreu no Rio de Janeiro, em 1 de novembro de 1814.

Fez os estudos secundários no Rio de Janeiro e cursou Direito na Universidade de Coimbra. Ao longo do curso, escreveu e publicou, sob o patrocínio do Marquês de Pombal (Sebastião José de Carvalho e Melo – 1699-1782), O Desertor das Letras, poema herói-cômico de enaltecimento às reformas universitárias pombalinas.

Existe um poema escrito por Silva Alvarenga em que seu assunto é sobre o apoio ao Marquês de Pombal por causa da civilização do ensino que tirou os jesuítas das funções que exerciam.

Inácio José de ALVARENGA PEIXOTO. (RJ, 1744, Angola, 1793). 
Em 1799, publicou, em Lisboa, seu livro de poemas Glaura, tornando-se o exemplo perfeito do estilo rococó em nossa literatura. Com seus rondós e madrigais, envolvidos por intensa musicalidade, apresenta uma natureza decorativa, bem ao gosto arcádico.

Silva Alvarenga pode ser considerado o precursor do Romantismo, enquanto não cultua excessivamente as belezas postiças greco-romanas do repertório árcade.

Nome árcade: Alcindo Palmireno.

Tipo de poesia: predomínio da poesia lírico-amorosa.

Musa que inspirou seus poemas líricos: Glaura.

OBRAS

1. O Desertor das Letras (poema herói-cômico publicado em Coimbra, 1774).

2. Glaura (poemas eróticos, Lisboa, 1799).

ALVARENGA PEIXOTO

Inácio José de ALvarenga Peixoto nasceu no Rio de Janeiro, em 1743.

Morreu em Angola (África), para onde foi exilado, em 1792.

Com 14 anos, improvisava versos e competia com o colega Basílio da Gama.

Após estudos secundários no Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro, matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra, formando-se e ingressando na magistradura (foi juiz da vila de Cintra (Portugal) durante três anos).
Em 1776, está de volta à pátria. Foi nomeado ouvidor da comarca do Rio das Mortes (Minas), com sede em São João del Rei, onde conheceu a poeta Bárbara Heliodora, bonita e prendada, filha de uma família paulista.

Casou-se com Bárbara Heliodora em 1781. Abandonou a magistradura e dedicou-se à mineração. Ganhou dinheiro, comprou fazendas e escravos, levando uma vida feliz com a mulher e quatro filhos, entre os quais Maria Efigênia, "a princesa do Brasil", segundo o pai.

Implicado na Inconfidência Mineira, foi preso e conduzido para a Ilha das Cobras (Rio de Janeiro), e de lá, em exílio perpétuo, para Angola (África), onde faleceu (1792).

A família desfez-se: a esposa enlouqueceu, Maria Efigêcia suicidou-se, os outros três filhos sofreram rudemente.

Nome árcade: Eureste Fenício.

Musa inspiradora: Bárbara.

Tipo de Poesisa: lírico-amorosa.

O poeta escreveu muito, mas a maioria de sua obra perdeu-se quando o governo confiscou-lhe os bens, conseqüência da Inconfidência Mineira.

Domingos CALDAS BARBOSA (RJ, 1740- Lisboa, 1800).

OBRA 

Obras Poéticas (poesias esparsas reunidas pelos amigos e publicadas em Paris, em 1865, sob o patrocínio de D. Pedro II).

POEMAS FAMOSOS:

1. Bárbara Heliodora (lira escrita na prisão).
2. Estela e Nize (soneto lírico-amoroso).

CALDAS BARBOSA

Domingos Caldas Barbosa nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de agosto de 1738.

Faleceu em 9 de novembro de 1800, no palácio do Conde de Pombeiro, em Bemposta, Lisboa.

Fez os primeiros estudos no colégio dos padres jesuítas, já revelando ali veia satírica e dotes de repentista.

Tornou-se o poeta satírico mais admirado (e também detestado) do Arcadismo brasileiro. Não poupava mestres e condiscípulos, mas principalmente ridicularizava as pretensões e as injustiças dos portugueses.

Por conta das sátiras, indispôs-se com os poderosos da época. Para escapar às perseguições, foi para Portugal onde buscou novas oportunidades para projetar-se.

Em Lisboa, ganhou a amizade do Dr. José de Vasconcelos e Sousa, regedor das justiças e, depois, Conde do Pombeiro e Marquês de Belas. Com a proteção do conde, conseguiu estudar e tornar-se capelão da Casa da Suplicação.

A proteção do conde fez que Caldas Barbosa ganhasse notoriedade literária, causando inveja a Bocage que, com sátiras, tentou ofuscar a fama do poeta brasileiro. Apesar da oposição de Bocage, Caldas Barbosa teve reconhecimento da casta portuguesa.

Pertenceu à Academia de Roma, com o pseudônimo de Lereno Selinuntino.

Foi o poeta mais popular do Arcadismo, tendo os poemas transformados em modinhas.

OBRA

Viola de Lereno (coleção de suas cantigas, Lisboa, 1798).