Amazônia nas primeiras décadas do século XX 

1. O SÉCULO XX

Marcas profundas – O fim do Ciclo da Borracha deixou marcas profundas no cenário amazônico: sobrados e mansões abandonados, queda na receita dos Estados, desemprego, êxodo rural e urbano e, principalmente, falta de perspectiva.

Falta de tecnologia e de capital – O Brasil não tinha uma indústria forte e nem tecnologia para absorver a demanda de látex produzida nos seringais da Região. Na realidade, a indústria brasileira precisa de mais capitais que a borracha poderia eventualmente oferecer.

Amazônia sem perspectivas – O Governo Federal criou um órgão para contornar a crise, a Superintendência de Defesa da Borracha, que por sua vez, não garantiu ganhos reais e, por isso, foi abandonado. A elite que se encontrava no poder brasileiro não queria destinar recursos para a Amazônia, preferindo mantê-la fechada. Qualquer medida objetiva ficava para o futuro, pois outras áreas brasileiras, consideradas mais viáveis para o crescimento econômico imediato, eram privilegiadas com os investimentos estatais. Sem contar que as exigências da Região extrapolavam os recursos e as limitações estruturais do Brasil.

2. A REBELIÃO DE 1924

Causas

a) A brutal recessão e a queda na receita após o Ciclo da Borracha.b) As práticas fraudulentas comuns na República oligárquica: fraude eleitoral, violência, perseguição política aos opositores do poder, desvio de verbas e corrupção – só para citar alguns.

c) A falta de pagamento dos funcionários públicos.

Influências do Tenentismo

Surgiu um movimento contestatório e revolucionário, no seio das Forças Armadas, entre os jovens da baixa oficialidade, chamado de Tenentismo. Iniciou-se em 1922 e estendeu-se até 1934, opondo-se frontalmente ao sistema republicano vigente que privilegiava apenas as oligarquias estaduais e fazia proliferar a corrupção e a violência na política brasileira.

a) O levante de 1922 que culminou com o episódio do Dezoito do Forte.

b) A Rebelião tenentista de 15 de julho de 1924.

A estratégia dos tenentes era tomar o poder nas principais capitais do País. Depois, num movimento simultâneo, ocuparia a capital do Brasil e tomaria o poder central. Nesse sentido, foram enviados para Manaus os tenentes do exército José Azamor e Alfredo Augusto Ribeiro Júnior, dentre inúmeros outros considerados rebeldes.