Entenda a função do sangue

O sangue é um composto de diversos tipos de células que tem como função a manter a vida do organismo, levando oxigênio, participando da coagulação e protegendo contra possíveis infecções.

A importância da doação. Uma ação que pode salvar vidas!

Todos os anos, aproximadamente 93 milhões de bolsas de sangue são colhidas em todo o mundo. Apesar de aparentar um número elevado, a doação ainda é critica se considerarmos os milhares de pacientes que ficam em fila de espera para fazer uma transfusão, principalmente em países de baixa e média renda.

Os governos, em muitos casos, tem se esforçado para manter os estoques em condições regulares, mas devido à escassez de sangue, fica praticamente impossível manter esses acervos.

Uma pesquisa realizada em 173 países, pelo organismo internacional, apontou que as taxas de doações representam menos de 1% da população em 77 dessas nações.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, o índice recomendado varia entre 3% a 5% de doadores, por ano. No entanto, o Ministério da Saúde informa que somente 1,9% dos brasileiros doam sangue, o que representa um número consideravelmente baixo.

Mobilização por parte do Ministério da Saúde

Para ampliar a quantidade de doadores voluntários, o Ministério da Saúde tem apostado na divulgação por meio de redes sociais, em rádio, estádios de futebol e nas lutas do UFC. Os investimentos na rede nacional de sangue e hemoderivados foram ampliados em 115%.

A ação nas redes sociais é direcionada aos usuários cadastrados, que poderão fazer a doação no hemocentro mais próximo, poupando tempo na procura e colaborando com milhares de pacientes. No Facebook, o banco virtual, como é conhecido, foi criado em 2011 pelo Ministério da Saúde e possui cerca de 7 mil doadores voluntários.

No Brasil, o homocentro (centro de doação) mais antigo é o Hemório (68 anos), que recebe 300 doadores diariamente, e abastece 180 hospitais públicos e contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sua participação faz toda a diferença

Para os casos que necessitam de reposição de sangue (cirurgias, tratamento do câncer, doenças renais crônicas, acidentes, entre outras) não há substitutos. Ou seja, por ser vital, nada pode ser utilizado no lugar deste tecido conjuntivo líquido (sangue), o que pode levar muitas pessoas a perderem sua vida.

Segundo dados da Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, o índice de doação está abaixo do ideal, nos últimos cinco anos, entre as pessoas que doaram sangue, somente 40% repetiram o ato, ou seja, doaram duas vezes no período de um ano.

Que tal fazer parte dessa corrente que salva vidas?

O ato de doação é de fundamental importância para o funcionamento de um hospital ou centro de saúde, por isso, quem doa não pode e nem deve mentir ou omitir informações na entrevista de triagem clínica, para não colocar em risco a vida de quem tanto necessita.

Muitas pessoas ficam em dúvida em relação aos efeitos que possam ter após a doação, porém os sintomas (tontura, queda de pressão, desmaios e outros) dificilmente aparecem.

Existem muitos mitos, mas o procedimento é rápido, sigiloso e seguro. Por isso, os homocentros querem criar uma fidelização e não somente doações esporádicas.

A quantidade de sangue removido não afeta a saúde e a recuperação é imediata após a doação. Não há segredos para ser um doador, mas é preciso preencher alguns requisitos básicos:

  • Estar com as condições de saúde em perfeito estado.
  • Ter entre 18 e 65 anos.
  • Pesar igual ou superior a 50 Kg.
  • Estar repousado e nutrido (evitando a ingestão de gorduras nas 4 horas que antecedem a doação).
  • Dormir pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas que antecedem a doação.
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de identidade, Cartão de identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social, Passaporte e CNH).
  • Não ter doado sangue nos últimos 60 dias (homens) e (mulheres) nos últimos 90 dias.

Em casos em que o doador esteja com gripe, resfriado, gestante, amamentando, recentemente tatuado ou com suspeita de alguma doença sexualmente transmissível (DST), é preciso verificar o prazo recomendado pelo Ministério da Saúde para doação, e ainda ficar atento aos casos em que o impedimento é definitivo.

Saiba onde doar

A doação pode ser feita nos postos fixos do Hemocentro do seu estado ou através das equipes móveis.

Acessando o site da Secretaria da Saúde, é possível localizar todos os postos listados.

Seja um doador e ajude quem tanto precisa de seu apoio!