As lendas acompanham a humanidade desde os tempos remotos. E não poderia ser diferente. Quando o homem pré-histórico vagava por locais tão estranhos, não tinha ideia de como compreender a existência de tantos fenômenos do planeta em que vivia. Daí que alguns desses homens nômades, por exemplo, passaram a achar que o trovão fosse considerado um deus. Ou mesmo a chuva e o sol. Com o passar dos tempos, o homem tornou-se sedentário. Passou a construir suas casas, logo depois tantas casas passaram a ser chamadas de vilas.

O homem descobriu que poderia manter-se fixo em determinadas regiões e dali tirar seu sustento. Assim surgiram as atividades de pesca mais elaboradas e a caça mais consciente. Nesse movimento, até mesmo as tarefas entre homens e mulheres ficaram mais definidas. O homem sairia para caçar e pescar, enfrentando os perigos físicos. Às mulheres, caberia o preparo dos alimentos, a organização das casas e o cuidado dos filhos.

E como esses homens entendiam a chegada dos filhos? Diante de tamanha surpresa com o mundo e com seus fenômenos, como entender a saída de um ser vivo de dentro de outro ser humano? É bem provável que eles também levassem essa fatura para os deuses. Mas, tempos depois, o próprio homem mais avançado nos conhecimentos científicos ainda sentiu necessidade de criar uma lenda para explicar tal fenômeno. Daí surgiu a lenda da cegonha e a chegada dos bebês. Há informações de que ela surgiu na Escandinávia, justamente porque muitas mulheres pariam seus filhos em casa naquele país.

Por essa razão, o fato da criança nascer em casa, a mãe acabava falando para as outras crianças que aquele bebê atual havia sido trazido pela cegonha. Que o pássaro havia “mordiscado” as perninhas delas e que por conta desse fato precisavam ficar em repouso. Também se relatava que a cegonha colocava o bebê em uma fralda bem branca e saía voando para entregar aquela linda criança aos seus respectivos pais.

Mãe dos animais desamparados

Em função da lenda, a figura da cegonha passou a ser vista como a de um ser vivo protetor e bem calmo. Daí também ela acabar se tornando a ave protetora de outras aves que ficam doentes ou mesmo as mais velhinhas e cansadas. A cegonha é o grande símbolo das mães.

Ela faz o ninho e cuida dos filhos, protegendo-os de todos os perigos que o mundo inevitavelmente carrega. São elas que carregam os filhos para os primeiros voos e ensinam como se deve escapar dos animais que gostam de comer os seus parceiros no reino dos seres vivos. E você, como entendia a lenda da cegonha?

Por esse motivo, das crianças nascerem em casa, às mães falavam para seus outros filhos que a cegonha que trazia os bebês para as casas, e que a cegonha tinha bicado a perna delas, e por isso tinham que ficar de repouso.